TIPOS DE ASMA:
a)Asma alérgica (extrínseca): em pacientes
atópicos
Início geralmente na infância, podendo persistir na fase adulta, embora uma remissão na
adolescência é comum. Associado com rinite alérgica e dermatite atópica (eczema)
b)Asma não alérgica (intrínseca):
pacientes não atópicos
Início em adultos (asma de início tardio). Frequentemente associada com rinite perene
não alérgica. Responsável por aproximadamente 10% dos casos de asma em adultos. Existe
um tipo especial de asma intrínseca na qual o paciente é particularmente sensível a
aspirina e a outras drogas antinflamatórias não esteróides.
c)Asma ocupacional
Devida a esposição a sensibilizantes químicos (por ex: diisocionato de tolueno) no
local de trabalho. Não tem relação com o estado atópico. Alguns tipos de asma
ocupacional ocorrem em atópicos devido a exposição ao alérgeno no local de trabalho.
CAUSAS DA ASMA
As causas subjacentes da asma não são conhecidas. A atopia (propensão à formação de
IgE) é herdada, mas mecanismos ambientais parecem ser importantes para determinar se um
indivíduo atópico se tornará asmático. Vários fatores podem aumentar os riscos para o
desenvolvimento da asma:
1.Mãe fumante (durante a gravidez e infância)
2.A exposição a altas concentrações de alergenos (por ex: ácaros do pó domiciliar)
3.Infecção viral durante a infância (principalmente virus sincicial respiratório)
4.Poluição ambiental (ozona, SO2, NO2): não há evidências convincentes
SINTOMAS
Os sintomas da asma podem variar de intensidade e alguns sintomas podem ser mais
proeminentes em alguns pacientes.
1.Sibilo: intermitente, piora na expiração, aliviado de modo característico por
B2-agonistas inalados.
2.Tosse: geralmente não produtiva. Pode ser o único sintoma presente(especialmente em
crianças)
3.Aperto no peito
4.Falta de ar(nem sempre associada com sibilo)
5.Produção de catarro (geralmente escasso)
6.Sintomas prodrômicos podem preceder uma crise: coceira sob o queixo, desconforto entre
as espáduas, medo inexplicável.
DESENCADEADORES
1. Alergenos (ácaro do pó domiciliar, pólen, secreção animal, fungos, barata)
2. Irritantes (fumaça de cigarro, poluentes ambientais, odores fortes, fumaça)
3. Fatores físicos (exercício, ar frio, hiperventilação, riso, choro)
4. Infecções virais do trato respiratório superior
5. Emoções (stress)
6. Agentes ocupacionais (sensibilizantes químicos, alergenos)
7. Drogas (beta-bloqueadores, drogas antinflamatórias não esteróides)
8. Aditivos alimentares (metabisulfito, tartrazine)
9. Alterações climáticas
10.Fatores endócrinos ( ciclo menstrual, gravidez, doenças da tireóide)
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BEBÊ CHIADOR
Doença sibilante do trato
respiratório inferior extremamente comum nos primeiros 12-18 meses de vida e pode atingir
quase todas as crianças de uma comunidade fechada. O lactente se apresenta com
taquipnéia, dificuldade respiratória, expiração prolongada com sibilo na fase tardia
da expiração e a radiografia de tórax mostra hiperinsuflação. Este quadro pode ser
devido a uma infecção aguda com o vírus sincicial respiratório e neste caso é
usualmente uma doença de duração curta e auto-limitada. Entretanto, uma boa proporção
destes lactentes continua a ter crises de sibilos por um número de meses sem apresentar
novas infecções e não necessariamente serão asmáticos típicos no futuro. Por outro
lado, aproximadamente 20% de futuras crianças asmáticas tem sua primeira crise de sibilo
no primeiro ano de vida. Para um diagnóstico de certeza, é aconselhável um segmento
prolongado.
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